Para que não fiquem dúvidas

Quero dizer que algumas pessoas tentam fazer do blog uma janela para divulgação de seus produtos. Se a intenção fosse fazer propagandas, abririamos o blog inclusive para faturamento; coisa que não temos o mínimo interesse. Esse é um blog de indicações apenas. Somos um grupo de amigos que trocam informações e experiência enquanto navegam pela internet, indicando tudo de legal e interessante que encontramos. Nossa divulgação de alguns produtos é eventual e espontânea. Nos damos o direito inclusive de criticar quando não gostamos de alguma coisa e quando as experiências não são bem sucedidas. Obrigada pela compreensão.







sábado, 28 de agosto de 2010

20 Fatos que você (provavelmente) não conhece sobre o hospital Emílio Ribas.



1) Quando foi inaugurado em 1880, São Paulo tinha 50 mil habitantes.

2) A instituição foi construída com dinheiro doado pela população

3) Foi o primeiro hospital público da cidade. Já existiam a Santa Casa e o Beneficência Portuguesa, mas não eram do governo.

4) Sua construção seguiu modernos conceitos da época, favorecendo a circulação de ar para ajudar a dissipar os miasmas (eflúvios maléficos que, acreditava-se, causavam as doenças).

5) O terreno original hoje abriga também prédios como o da Faculdade de Medicina da USP, o Incor, o Hospital das Clínicas e a Secretaria Estadual de Saúde.

6) Ate 1984, o hospital só abria em épocas de epidemias.

7) A instituição foi sede de uma das mais importantes descobertas médicas do país: a confirmação, pelos pesquisadores Emílio Ribas e Adolfo Lutz, do mosquito como vetor de transmissão da febre amarela. Nos testes, os dois se deixaram picar várias vezes por mosquitos infectados.

8) Apesar de dar nome ao instituto, Emílio Ribas nunca foi diretor de lá.

9) O hospital teve um cemitério só para doentes, localizado provavelmente onde fica a Faculdade de Medicina da USP. Eles eram colocados em um caixão hermeticamente fechados e sepultados a no mínimo 2,2 metros de profundidade.

10) O Emilio Ribas foi crucial em todos os surtos e epidemias da cidade: varíola, febre tifóide, peste bubônica, gripe espanhola, sarampo, meningite, difteria e escarlatina foram algumas das doenças atendidas.

11) Três prédios originais resistiram ao tempo: o Pavilhão 2, hoje administrativo, o Pavilhão 4, hoje biblioteca do Adolfo Lutz, e a Casa Rosada, atual sede da diretoria do hospital.

12) A Casa Rosada, do fim do século 19, foi feita para pacientes membros da aristocracia cafeeira. Tombada, preserva o piso e telhas importadas de Marselha, gradis da Inglaterra e escadas em mármore de Carrara, além de objetos históricos.

13) O hospital foi um dos primeiros a ter enfermeiras não religiosas, geralmente trazidas de outros países. Elas ajudaram na profissionalização da enfermagem na cidade.

14) Enfermeiros, médicos e até o diretor do hospital moravam lá dentro. Octavio Martins de Toledo, diretor de 1956 a 1967, por exemplo, residiu no prédio por 30 anos. Só em 1951 foi admitida a primeira turma de funcionários que moravam fora do hospital.

15) Em meados do século 20, cogitou-se a instalação do campus da USP no terreno do Emílio Ribas.

16) Na Revolução Tenentista, de 1924, o hospital tratou os feridos e serviu de abrigo para funcionários que moravam em bairros operários bombardeados. O porteiro foi morto por soldados em uma trincheira.

17) Até o fim de 1960, o hospital manteve uma horta com mais de 2000m2 , onde se plantavam legumes e verduras para consumo interno. Havia também uma área de floricultura e coelheira. Hoje, os funcionários comem jabuticabas, abacates, bananas, amoras e ameixas colhidas em árvores frutíferas do terreno.

18) O primeiro paciente com AIDS do Brasil, identificado em 1982, foi internado no Emílio Ribas – ele morreu após 6 meses. Na época, muitos soropositivos que chegavam ao instituto vinham de hospitais que se recusavam a tratá-los.

19) Vários quartos do hospital têm uma antecâmara anexa, onde é possível lavar as mãos e colocar as roupas de proteção antes de entrar. Isso evita o contato direto com o exterior, medida importante no caso de algumas doenças infecciosas.

20) Desde 2000, o hospital tem um Núcleo de Medicina do Viajante, que orienta sobre prevenção de doenças em viagens.
Fonte: Revista da Folha de São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário